quinta-feira, 7 de julho de 2011











Os meus oito anos da saudade


Oh! Que a saudade dói como o menino!...

Enchi-me da paixão, dize-me o algoz:

"Não te amo a vida, não morras a dor"

Sem amor! Sem carinho! Nem a voz!



Dá-me inda o peito, até que já me adores...

À morte dos meus anos, ao meu pranto!

Dá-me inda a vida, ao meu doce carinho!

Da aurora aos meus anos, a ti do canto.



Que senti-me o perfume dos meus anos!..

Beijei-te a mão da aragem, ó mudez!...

Às carícias da minha irmã, meu peito

Senti-me a musa do amor à nudez!...



À minha irmã, que já tive os afagos!...

Vem! Canta os meus carinhos dos amores!

À minha irmã, que já tive a bondade!

Vem! Beijo-te o carinho dos ardores!...



Do coração já perdi-me o meu peito!

Do teu viver, que a ternura não canta!?

Que não me amavas o doce passado?

Amo o teu peito, que o seio me encanta.



Oh! Que a saudade dói como o poeta!...

Que a minha irmã me adora como a vida!

A ti da minha morte, nem o peito!...

Sem vil ditoso! Quero-te a terra erguida!



Autor:Lucas Munhoz


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